luns, 8 de abril de 2024

ruído
que produce um silêncio primordial
saraiva que atravessa os meus ouvidos
e inscreve no profundo uma dor contínua
lene
quase imperceptível
e ansio a sede infinita das cordas vibrantes
e dedos esfarrapados e cansos
mentres caem as pálpebras em sonhos de esquecidas imagens
inexistentes
ver através
dos teus olhos inquedos
um novo eclipse