xoves, 24 de febreiro de 2022

Drou

Resplandecem no Escuro
os derradeiros fungos do esquecimento
aqueles que deixo atrás
seguiram-me coma um premonitório pesadelo

Negras flores de cheiro putrefacto
arrecendem entre as fissuras da pedra
ainda a tolémia nom me abafa
coa sua implacável presença

O estrondo dum sepulcral silêncio
fecha os meus olhos cansos
de uma espreita eterna do Abismo,
do Eterno que me chama e me atormenta

Aqueles que deixo atrás
seguiram-me coma um premonitório pesadelo

Demos do Kaos,
velaquí uma irredenta ialma perdida

***

Sons de ancestrais danças
mergulham o meu entendimento
num morno maternal acubilho
infame aranheira de presságios

As suas vozes de doce veleno
invocam ocultos incompreensíveis poderes
baixo uma Lua inscrita em pedra
lavrada nos albores do Tempo

Deusas da Noite
velaquí o derradeiro afouto canto
de uma ialma dorminte

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