Nom sinto já a mágia
o estremecimento que a Lua
cos seus raios de prata
amosava visóns do espaço sem tempo
Nom sinto já a presença
dos sons da fraga imensa
que teciam nas estrelas
o ciclo dos trabalhos e o lazer
O tempo da ignorância
retorna com força daqueles
que agochados cuspem bile
no sábio camino da Terra Mãe
O tempo dos malditos
dos renegados do seu berce
fai tremer as lapas
dum lume que arde com raiva
No mais fundo do meu canto
agóchase a segreda mensagem
da resistência implacável
nas luitas que se achegam
No mais fundo dos meus olhos
cansos por tantos menceres vividos
hai um pequeno escintilar
que augura ainda o Imutável
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