domingo, 23 de xuño de 2024

De mouras e meigalhos

Polo profundo labirinto de maranhas e enganos
de velenosos solimáns de ancestrais ritos
baixo uma lua nova que precede o eclipse
perdo a minha ialma cara o Inomeável

Entre febrís sonhos de tempos esquecidos
sinto o doce alento duma suave ladainha
e um olhar nídio e calmo entre a bruma
guia-me cara o escintilar dum dourado refúgio

E alí na mais luminosa das estáncias
perdo-me em longos cabelos e em sedutoras fragâncias
a peçonha que me carcome sae convulsa e tremerosa
já o infinito e o nada se confundem numa melodia eterna

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