martes, 18 de xuño de 2024

O doce cantar da Xácia

Nas vizosas riveiras minhotas
aló onde os sagrados carvalhos tecem a mágia
entre ruínas de histórias perdidas
olho o reflexo da Lua na iauga

Agardo polo barqueiro da calada dorna
o seu olhar perde-se na noite
mentres garda a minha moeda
no abismo dum espectral peto

É entom quando ouvo a sua voz
melodia que nasce do mais profundo
um reflexo distrae o meu sentido
e um nome sae dos meus beizos

Morno sentir dum corpo imóvel
o seu doce cantar roza a minha consciência
nunca a enlouquecedora vissom do Nada
foi tam plácida e esperançadora

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