martes, 18 de xuño de 2024

O deter das horas

Lento caminhar entre silenciosas árvores
seguindo o sendeiro de pedras gastadas
no ar a friagem de pensamentos inevitáveis
marcados polo fio da gadanha

Na Ferranheira calmo a sede
nas augas limpas e de estimulante frescor
um corvo voa sobre mim
cara o solpor através duma bruma crecente

A noite cae paseninho
a Dor obriga o deter das horas
um cantar lastimeiro medra
aló onde nom pode chegar o abatimento

Ningún comentario: